sábado, 26 de outubro de 2013

Vivências - XL


VINDIMAS


Era tempo!
Que era tempo de vindimas.
Que era tempo de encontros ao amanhecer
Anoitecer
Acontecer.

Que era tempo de refinar o moscatel colhido com todos e tantas alegrias.

Quando chegará o tempo de vindimas todos os dias.
Quando chegará o tempo de saborear as uvas vadias.
Quando chegará o tempo  de todos os dias
Como naquele dia!

Que ganhei a uva que mordi e tu mordiscavas, com lábios de rosa, na colheita do dia infindo de nós, de tu mais eu, nas tardes solarengas e noites de luar.

Quando vai chegar o dia da noite que vier.
E amanhecer
E anoitecer
E acontecer.

In poemas meus livII
Lobo mata




domingo, 6 de outubro de 2013

De vez em quando me lembro que este blog..é meu e precisa de mim. Como eu preciso dele..... como hoje domingo depois de um sábado de espectáculo no auditório Carlos Paredes ...em Benfica - Lisboa.

No palco comecei por homenagear um poeta recentemente falecido ANTÓNIO RAMOS ROSA, dizendo « É POR TI QUE ESCREVO ».

Depois sempre me decidi a tornar público um poema que ainda não tinha cumprido as normalmente três semanas .. de vida e da última revisão.  Como mereceu aplauso e elogios individualmente expressos... fica bem neste meu blog...

MENTIROSOS.... ALDRABÕES.

Cavalgando montes e vales
À procura de um olhar
Rendido às adversidades
Perdido sem nada achar.

Quando tudo se pode encontrar
Se a tudo disser sim! Sim!
Muito, tanto, para ir buscar
Percorrendo o mundo sem fim.

Neste mundo tão embrulhado
De pessoas indiferentes
Onde tudo é tramado
Pelos muito maldizentes
Neste momento de desgraça
Que nos conduzem ao nada
Fruto da trapaça 
De gente tão mal formada.

Mas o inverno os desespera
No rodopiar das estações
Porque o inferno os espera
Para pagarem suas maldições

Sem dizerem que foi por acaso...
Que andaram a enganar
Porque cada caso é um caso
E, não se fartaram  de roubar

Paguem, então, tudo o que devem
Assim! Com língua de palmo
Estas dividas nunca prescrevem
Delas nunca estarão a salvo

As pagarão no inverno
Noutra qualquer estação
Até pode ser no inferno
Com todo o tempo
E toda a formação!

Para poderem subir
Sem terem montes e vales
Aprenderem a não mentir
Nem aldrabar ou cavalgar as verdades!

In poemas meus LivII
Lobo mata