quarta-feira, 10 de abril de 2019

E TERMINEI COM

(Do 122 ao 128)

SINAIS

Como podem ser de agora
Os tempos de outrora
Quando o céu brilhava
E o sol aquecia
Os corações a palpitar
E as almas a sangrar
Como acontece agora!

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Os Deuses é que sabem
Diz o povo sabichão
Para explicar o que não sabe
Que fica sem explicação
Deixando ao Deus maior
O saber perfeito
Com muita contradição
A explicar o defeito
De quem tudo sabe
Sendo a sua  perdição!

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Qual amor
Que amor
Anda perdido por aí
Sem saber a quem se dar
Mesmo sem entender
Onde pode chegar
Muito amor tendo para dar
Sem mar para navegar!

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Não sei se alguém pediu
Não sei se respondi
Já não sei se vale a pena
Mas nada de silêncios
Haja palavra!

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Não importa ao pensamento livre
O que pensa dizer
Se esquecer a liberdade
De outro acontecer
E se disser ao mundo
Onde nada se vai perder
Como as águas do rio
Que só o mar pode reter
E dali subirem ao céu
Para voltarem a cair
E lavarem o pensamento
De quem é livre de sorrir!

Lobo mata



COMO PROMETIDO ESTA MANHÃ
( DEIXO os poemas ditos no palácio Baldaia no âmbito do espectáculo promovido pela Tertúlia.....)
(Comecei com....)


MULHER SEMPRE

Há dias que são todos os dias
Quando se fala da mulher
Da casa ao emprego sem melodias
Nos encontros de sobreviver

Correndo engalanada
Para ao filho chegar
Mesmo estafada
Sabe não poder parar

Nas ruas abertas
Que não pode trilhar
Mesmo que sejam de festas
Com foguetes a estalar

Onde muitos vão cantando
Nos intervalos do dia
Muitos outros falando
Do que se não via

Que seja noite ou dia
Aos outros pouco importa
É mulher que só podia
Estar viva, mesmo morta

Se dando a todos com prazer
Manifestado e não sentido
Que a vida  de mulher
Em pecado foi convertido


Sem lembrarem os dias
Que se fala da mulher
Como se fosse folia
A ter de acontecer

Tendo de mudar o mundo
Para nada mais perder
Com a mulher no fundo
O mundo não se vai erguer

Gritemos então unidos
Avó, mãe, irmã, tia, mulher
Os teus dias vividos
Como mulher, MULHER, MULHER!

Lobo mata