quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

MEMÓRIA AÇOR

MEMÓRIA AÇOR


Encontrei um amor perdido
Bem no sopé do Açor
E com tal achado
Fui subindo com fervor

Sem me perder no caminho
Que a pastora bem conhecia
E dela todo o carinho
Era o que mais queria

De mãos dadas subimos
Como se o fim fosse o céu
Afinal quando partimos
Nada se perdeu

Só a vida perdida
Como o amor que se deu
Numa verdade escondida
Na noite negra de breu

E nela o sol nasceu
Do vale até ao cume
E outro amor renasceu
Bem envolto no perfume

Entre os cheiros da montanha
De urzes sempre a florir
Ninguém nos apanha
Não paramos de subir

Atingir o céu ou inferno
Nada disso importa
Verão ou Inverno
Até pode ser letra morta
Ao encontro da felicidade
Coisa mais que merecida
Mesmo sendo verdade
Ser no final da vida!

In poemas meus liv II
Lobo mata
(sorrindo)