VIVÊNCIAS
XLV
POMBA BRANCA
Estou só
Sozinho olhando o nada
Vendo a pomba branca a querer um café.
É só entrar!
Ninguém vai recusar, nem sequer protestar
Se a pomba branca estiver sentada.
É minha convidada!
Parou de chover de chover e ela aterrissou ali, na berma do passeio.
Despassarada. Suja. Desasada!
Ninguém lhe ligou e foi andando
Bicando aqui, ali, "acoli"... à procura do nada.
Entra!
Repeti, quando voltou a passar pela porta de entrada.
Anda pomba branca
É só entrar
Estás convidada!
Estou só: quatro cadeiras.
Uma para mim ; basta!
Mesmo com a pomba branca
Sobram duas cadeiras.
Mas não há ninguém a querer o espaço...
Nem a pomba branca.
Que! Quando tentou entrar a sorrir...
Foi corrida pelo ameaçador pontapé do empregado do café.
Posta em fuga dali, se refugiou bem longe
A pomba branca que convidei para tomar café!
Me traga mais um café! Por favor!
O deixei arrefecer no lugar em frente do que eu ocupava.
Paguei antes de sair
Proibida que lhe foi ...
Vedada a porta de entrada.
Pomba branca
Pomba branca
POMBA BRANCA QUERIDA E AMADA!
in poemas meus livII
Lobo mata
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